A construção de duas pontes cruciais para a mobilidade urbana em Ribeirão Preto, São Paulo, encontra-se paralisada devido a um impasse entre a prefeitura e a construtora responsável. Os projetos, iniciados em julho de 2024 com o objetivo de melhorar o fluxo de trânsito nas zonas Norte e Leste da cidade, enfrentam agora um futuro incerto. A disputa, que envolve alegações de aumento de custos e erros de projeto, resultou em ações judiciais e potenciais prejuízos aos cofres públicos. Enquanto a população local sofre com o aumento do congestionamento e a deterioração dos materiais de construção expostos ao tempo, a administração municipal busca alternativas para destravar as obras e minimizar os impactos negativos.
Obras Paradas e Prejuízos Visíveis
Projetos Afetados
As obras paralisadas compreendem dois projetos de grande importância para a infraestrutura viária de Ribeirão Preto. O primeiro deles visa a construção de uma ponte para interligar a Avenida Presidente Kennedy à Rua Alzira Couto Machado, na região da Avenida Maurílio Biagi. O segundo projeto consiste na construção de uma ponte na Avenida Rio Pardo, que faria a ligação com a movimentada Via Norte.
Impacto da Paralisação
A interrupção das obras não apenas impede a conclusão dos projetos, mas também acarreta uma série de problemas. Materiais como vigas e concreto permanecem expostos às intempéries, o que pode comprometer sua durabilidade e segurança. Engenheiros alertam para o risco de corrosão das estruturas de ferro no concreto, o que pode levar à perda de resistência e, consequentemente, à necessidade de substituição dos materiais.
Custos Adicionais
Além dos danos aos materiais de construção, a paralisação das obras também pode gerar custos adicionais para os cofres públicos. A necessidade de realizar novas licitações, atualizar os projetos e arcar com os impactos da inflação podem elevar o valor final dos projetos, onerando ainda mais os contribuintes.
Disputa Judicial e Alegações Divergentes
Ponto de Controvérsia
O principal ponto de discórdia entre a prefeitura e a construtora Alcalá Engenharia reside na solicitação de aditamento dos contratos por parte da empresa. A construtora alega que houve um aumento nos custos de construção e a identificação de erros de projeto que poderiam comprometer a segurança das estruturas. Diante da recusa da prefeitura em atender ao pedido de aditamento, a empresa moveu ações judiciais para buscar uma solução para o impasse.
Posição da Prefeitura
A prefeitura, por sua vez, argumenta que a construtora não apresentou justificativas legítimas para o pedido de aditamento. O secretário municipal de Obras, Walter Telli, afirma que a empresa exigia compensações indevidas e que a prefeitura decidiu não ceder às pressões, mesmo diante dos atrasos nas obras e dos impactos na vida da população.
Resposta da Construtora
A Alcalá Engenharia se defende, alegando que identificou erros de projeto que poderiam colocar em risco a segurança das pessoas. A empresa afirma que notificou a prefeitura sobre os problemas e que a interrupção dos serviços gerou custos adicionais que não foram considerados. Além disso, a construtora alega que a prefeitura cortou pagamentos de etapas já executadas.
Conclusão
O impasse na construção das pontes em Ribeirão Preto ilustra os desafios enfrentados na gestão de projetos de infraestrutura pública. A falta de acordo entre a prefeitura e a construtora resultou na paralisação das obras, gerando prejuízos para a população e para os cofres públicos. A resolução do conflito depende agora do andamento das ações judiciais e da disposição das partes em buscar um acordo que permita a retomada dos trabalhos e a conclusão dos projetos. A expectativa é de que a prefeitura lance uma nova licitação para a obra da Via Norte no início do próximo ano, mas o futuro da ponte na Maurílio Biagi ainda é incerto.
FAQ
1. Qual o motivo da paralisação das obras das pontes em Ribeirão Preto?
A paralisação das obras é resultado de um impasse entre a prefeitura e a construtora responsável, que alega aumento de custos e erros de projeto.
2. Quais são os projetos de construção de pontes afetados pela paralisação?
Os projetos afetados são a construção de uma ponte na Avenida Presidente Kennedy, interligada à Rua Alzira Couto Machado, e a construção de uma ponte na Avenida Rio Pardo, que faria a ligação com a Via Norte.
3. Quais os próximos passos para a retomada das obras?
A prefeitura pretende lançar uma nova licitação para a obra da Via Norte no início do próximo ano. O futuro da ponte na Maurílio Biagi ainda é incerto e depende de decisão judicial.
4. Qual o valor já investido nas obras?
A prefeitura já desembolsou R$ 600 mil com cada uma das pontes, incluindo gastos com as mudanças no trânsito do entorno.
5. Haverá um aumento no custo total das obras?
Sim, a expectativa é de que o projeto fique mais caro do que o previsto inicialmente, devido à inflação e à necessidade de atualizar a planilha orçamentária da obra.
6. O que a construtora alega sobre a paralisação?
A construtora alega que havia erros de projeto nas obras das duas pontes que poderiam comprometer a segurança das pessoas e que, por isso, o trabalho foi paralisado. Além disso, a empresa afirma que a prefeitura cortou pagamentos de etapas já executadas.
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Fonte: https://g1.globo.com

