O governo de São Paulo anunciou um reajuste nas tarifas de água, gerando debates sobre o impacto no bolso do consumidor. O reajuste, que entrará em vigor em breve, foi justificado pelas autoridades como necessário para cobrir os investimentos realizados na expansão e melhoria do sistema de saneamento no estado. A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, assegura que, apesar do aumento nas tarifas, não haverá um “aumento real” para o consumidor, pois o reajuste está atrelado à inflação e aos investimentos já realizados pela Sabesp. O governo estadual busca equilibrar a necessidade de modernização da infraestrutura hídrica com a acessibilidade do serviço para a população.

Reajuste da Tarifa e Investimentos da Sabesp

Entenda o Reajuste de 6,11%

A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) divulgou as novas tabelas de valores das tarifas de água, o que gerou discussões, principalmente entre a oposição. O reajuste anunciado é de 6,11%. A secretária Natália Resende explicou que o aumento é baseado na inflação acumulada em um período de 16 meses, desde a privatização da Sabesp, em julho de 2024. Com essa alteração, a tarifa residencial passará de R$ 6,01 para R$ 6,40, representando um acréscimo de R$ 0,39 na conta de água.

Investimentos Justificam o Aumento

Resende argumenta que, se a Sabesp permanecesse sob controle estatal, o aumento seria ainda maior, estimado em 15%. Ela enfatiza que o reajuste é consequência direta dos investimentos realizados na expansão e modernização do sistema de saneamento. “Foram R$ 15 bilhões investidos a mais em 2025, sem aumento real na tarifa”, afirmou a secretária. O modelo regulatório permite que o reajuste na tarifa seja aplicado somente após a Sabesp já ter realizado o investimento. O estado de São Paulo ainda detém 18% das ações da Sabesp e utiliza os lucros desse fundo para realizar investimentos.

Segurança Hídrica e Cenário Atual

Medidas Adotadas e Cenário Hídrico

A secretária Natália Resende também descartou qualquer risco de racionamento de água, afirmando que o cenário atual é diferente da crise hídrica de 2014 e 2015. “Hoje o que a gente vê é uma curva bem rente à contingência que a gente já tinha previsto. Hoje estamos na faixa três, no período da gestão de demanda noturna de 10 horas. É bem distante do chamado rodízio, na faixa sete”, disse ela. O plano estabelecido pelo governo estadual segue no patamar 3, em uma escala que o patamar 7 já atinge o racionamento.

Transposição e Ampliação do Abastecimento

Entre as medidas adotadas, Resende destacou a antecipação de obras, como a transposição para o Alto Tietê. Esse mecanismo integrará a bacia do rio Itapanhaú, na Serra do Mar, ao Sistema Alto Tietê. Segundo o governo estadual, essa medida aumentará a segurança hídrica, com um aumento de 17% de água no reservatório, beneficiando 22 milhões de pessoas.

Conclusão

O reajuste na tarifa de água em São Paulo, embora gere questionamentos, é justificado pelo governo como essencial para garantir os investimentos necessários na infraestrutura de saneamento e segurança hídrica do estado. A garantia de que não haverá um aumento real, aliado a medidas de ampliação do abastecimento, demonstra o esforço do governo em equilibrar a sustentabilidade financeira da Sabesp com a acessibilidade do serviço para a população.

FAQ

1. Qual o percentual do reajuste na tarifa de água?

O reajuste é de 6,11%.

2. Por que houve esse reajuste na tarifa de água?

O reajuste é baseado na inflação e nos investimentos realizados na expansão e modernização do sistema de saneamento.

3. Há risco de racionamento de água em São Paulo?

Não, o governo descarta o risco de racionamento, afirmando que o cenário atual é diferente da crise hídrica de 2014 e 2015.

4. O que é a transposição para o Alto Tietê?

É um mecanismo que integrará a bacia do rio Itapanhaú, na Serra do Mar, ao Sistema Alto Tietê, aumentando a segurança hídrica.

Precisa de mais informações sobre as tarifas da Sabesp? Acesse o site oficial e fique por dentro de todos os detalhes.

Fonte: https://jovempan.com.br

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