O aparador se firma como um móvel multifuncional e esteticamente versátil, capaz de se adaptar a diferentes estilos e necessidades na sala de jantar. Seja como um complemento decorativo ou um reforço de praticidade, ele desempenha papéis diversos, desde o apoio para refeições até o armazenamento de utensílios e a criação de espaços temáticos.

Alguns modelos se destacam pela sua capacidade de organização, oferecendo gavetas, prateleiras e nichos para otimizar o espaço. Além disso, o aparador serve como palco para exibir objetos de decoração, como vasos, livros, quadros e esculturas, conferindo personalidade ao ambiente.

A escolha do aparador ideal envolve considerar a sua localização e o propósito a que se destina. Esses fatores influenciam na seleção dos materiais e dos adornos, garantindo uma composição equilibrada e visualmente agradável. A designer Monica Fidelix, do escritório Figo Interiores, ressalta a importância de criar composições que reflitam a identidade dos moradores, utilizando elementos como abajures para adicionar altura e luz indireta, e variando alturas e materiais para evitar excessos.

Em salas de jantar menores, a recomendação é optar por um aparador sob medida, que aproveite ao máximo o espaço disponível. A prioridade deve ser dada a modelos funcionais, com gavetas e prateleiras, que ofereçam tanto área útil quanto leveza visual. O arquiteto Luciano Pena, do escritório Três Arquitetura, enfatiza a importância da circulação, recomendando um espaço mínimo de 90 centímetros entre a mesa e o aparador, adaptando-se a áreas menores sem comprometer o conforto e a mobilidade.

A posição ideal para o aparador é em uma parede livre, evitando obstruir a passagem e preservando a sensação de amplitude. Modelos suspensos, com pés altos ou cantos arredondados, também contribuem para essa leveza visual. O arquiteto Vinicius Alano, também do escritório Três Arquitetura, destaca a importância da proporcionalidade entre o aparador e a mesa, garantindo coerência nas dimensões e na capacidade de armazenamento.

Embora os termos “aparador” e “buffet” sejam frequentemente utilizados de forma intercambiável, o arquiteto Raphael Wittmann, da Rawi Arquitetura + Design, esclarece que o buffet é mais voltado para o serviço de refeições, enquanto o aparador enfatiza o armazenamento e a decoração. A escolha entre os dois depende da realidade do espaço, da disponibilidade e da circulação.

É importante ressaltar que o aparador não precisa necessariamente ser do mesmo material que a mesa de jantar. Pelo contrário, a combinação de materiais diferentes pode enriquecer a composição, desde que haja harmonia no estilo geral do ambiente. A coordenação excessiva pode tornar o espaço datado e menos autêntico, enquanto o diálogo entre os elementos garante um resultado mais interessante e personalizado.

Fonte: revistacasaejardim.globo.com

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