O sistema de pagamentos instantâneos Pix completa cinco anos neste domingo, consolidado como o principal meio de transação financeira no Brasil. Criado pelo Banco Central e lançado em novembro de 2020, o Pix movimentou R$ 26,4 trilhões no ano passado, um montante que se aproxima do dobro do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrado em 2024.

Em 2025, até o mês de outubro, as transações realizadas via Pix já totalizaram R$ 28 trilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

Segundo Renato Gomes, diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, o Pix contribuiu significativamente para a inclusão de mais pessoas no sistema bancário. Ele destacou, em uma transmissão online, a redução dos custos de distribuição de dinheiro e o aumento da participação dos clientes, além da maior concorrência no sistema de pagamentos, que resultou na diminuição de tarifas.

Inicialmente concebido para facilitar transações entre pessoas físicas com transferências instantâneas, o Pix expandiu suas funcionalidades ao longo do tempo. Novas opções foram incorporadas, como o Pix Cobrança, que substitui o boleto bancário, e o Pix Automático, equivalente ao débito automático.

Dados recentes revelam a ampla adesão ao Pix, com 170 milhões de adultos e mais de 20 milhões de empresas utilizando o sistema em suas transações financeiras.

As discussões para a criação do Pix tiveram início formal em 2016, e os requisitos fundamentais da ferramenta foram estabelecidos em 2018 pelo Banco Central. Em agosto de 2019, o BC anunciou o desenvolvimento da base de dados e assumiu a administração do sistema de pagamentos instantâneos, que recebeu o nome de Pix em fevereiro de 2020.

O lançamento do Pix ocorreu em caráter de teste em 3 de novembro de 2020, abrangendo uma parcela entre 1% e 5% dos clientes de bancos, em horários específicos. O lançamento oficial, com funcionamento 24 horas e para todos os clientes que criassem chaves Pix, foi realizado duas semanas depois, em 16 de novembro de 2020.

Em um contexto de medidas tomadas pelo governo dos Estados Unidos, o Pix também foi alvo de uma investigação comercial, sob alegações de que poderia prejudicar empresas financeiras americanas. Em resposta, o Brasil afirmou que o Pix visa garantir a segurança do sistema financeiro, sem discriminar empresas estrangeiras.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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