Um ataque israelense nos arredores de Beirute, capital do Líbano, resultou na morte de Haytham Ali Tabtabai, um dos principais oficiais militares do Hezbollah. A ação ocorreu no domingo (23), marcando uma rara operação contra uma figura de destaque do grupo libanês, após um ano de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.
O exército israelense confirmou a morte de Tabtabai, enquanto o Hezbollah não emitiu declarações oficiais sobre o incidente, embora fontes de segurança libanesas tenham confirmado que ele era o alvo do ataque.
Tabtabai, que ascendeu ao posto de chefe de gabinete do Hezbollah após o conflito com Israel entre outubro de 2023 e novembro de 2024, é descrito por fontes de segurança libanesas como parte da “segunda geração” do grupo. Nascido no Líbano, filho de pai com raízes iranianas e mãe libanesa, Tabtabai não era um membro fundador, mas foi enviado para lutar ao lado dos aliados do Hezbollah na Síria e no Iêmen.
De acordo com o exército israelense, Tabtabai ingressou no Hezbollah na década de 1980 e ocupou várias posições de liderança, incluindo na Força Radwan, uma unidade de elite de combate. A maioria dos membros da Radwan foi eliminada por Israel antes da invasão terrestre do Líbano no ano anterior. Durante o conflito de 2023-2024, Tabtabai liderou a divisão de operações do Hezbollah, ascendendo na hierarquia à medida que outros comandantes de alto escalão foram mortos.
Após o cessar-fogo, Tabtabai foi nomeado chefe do Estado-Maior e estava “trabalhando intensamente para restaurar a prontidão para a guerra com Israel”, segundo informações das Forças Armadas de Israel. A fonte de segurança libanesa confirmou sua rápida promoção após o assassinato de outros oficiais de alto escalão do Hezbollah.
O Centro Alma, uma organização israelense de pesquisa e ensino em segurança, relata que Tabtabai sobreviveu a outros ataques israelenses na Síria e durante a guerra no Líbano, antes de ser atingido fatalmente no recente ataque nos arredores de Beirute. A morte de Tabtabai representa um golpe significativo para o Hezbollah, especialmente em um momento em que o grupo busca se reorganizar após perdas substanciais em conflitos anteriores.
Fonte: g1.globo.com
