O governo dos Estados Unidos está avaliando a possibilidade de permitir a exportação de chips H200 da Nvidia para a China, revertendo parcialmente as restrições impostas em maio deste ano. A medida anterior, implementada pelo governo Trump, visava dificultar o avanço chinês no setor de inteligência artificial, impedindo a venda de tecnologias americanas a grupos do país asiático.
Atualmente, o Departamento de Comércio dos EUA, responsável pelo controle das exportações, está revisando essa política restritiva. A Nvidia, por sua vez, não se manifestou oficialmente sobre a questão, mas já expressou anteriormente que as regulamentações atuais a impedem de competir no mercado chinês, abrindo espaço para concorrentes de outras nações.
Essa possível mudança de postura surge após encontros entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, que resultaram em uma trégua na guerra comercial entre os dois países. No entanto, persistem em Washington preocupações de que o envio de chips de IA mais avançados possa fortalecer o poder militar de Pequim, além da pressão exercida pelo governo chinês sobre o mercado americano através do controle das exportações de terras raras.
O chip H200, lançado há dois anos, se destaca por possuir maior memória de alta largura de banda em comparação com seu antecessor, o H100, o que permite um processamento de dados mais rápido. Segundo a Nvidia, o H200 NVL apresenta um aumento de 1,5 vezes na memória e pode acelerar em até 1,7 vezes a inferência de grandes modelos de linguagem (LLM), além de proporcionar um desempenho até 1,3 vezes maior em aplicações de HPC (High-Performance Computing).
Estima-se que o H200 seja duas vezes mais poderoso que o chip H20 da Nvidia, considerado o semicondutor de IA mais avançado atualmente permitido para exportação legal para a China, após uma breve proibição dessas vendas ter sido revertida no início deste ano.
Paralelamente, foi divulgado que o Departamento de Comércio aprovou o envio de até 70.000 chips Blackwell da Nvidia, a próxima geração de chips de IA da empresa, para a Humain, na Arábia Saudita, e para a G42, dos Emirados Árabes Unidos. O CEO da Nvidia, Jensen Huang, esteve presente em um encontro na Casa Branca com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, no início desta semana.
Fonte: olhardigital.com.br

