Uma nova minissérie, lançada neste mês, mergulha nos eventos que culminaram no assassinato de James A. Garfield, o 20º presidente dos Estados Unidos, em 1881. A produção oferece um olhar sobre a vida de Garfield, interpretado por Michael Shannon, e a mente perturbada de seu assassino, Charles J. Guiteau, vivido por Matthew Macfadyen.
A trama acompanha a trajetória de Guiteau, um advogado que, após repetidos fracassos, desenvolve a obsessão de que seu discurso político foi o responsável pela eleição de Garfield. Convencido de que merecia uma recompensa por sua suposta contribuição, Guiteau passa a assediar autoridades do governo, incluindo o Secretário de Estado e a primeira-dama, na esperança de obter um cargo diplomático em Paris ou Viena.
Frustrado com a falta de reconhecimento e imerso em delírios conspiratórios, Guiteau decide que sua missão é “remover” o presidente. A narrativa também explora como Garfield se tornou candidato de forma inesperada. Originalmente presente na convenção republicana de 1880 apenas para discursar, ele emergiu como um nome de consenso após um impasse entre as principais lideranças do partido. Garfield venceu a eleição por uma margem estreita e assumiu o cargo em meio a tensões políticas.
O ponto crucial da série é o atentado de 2 de julho de 1881, quando Guiteau atira em Garfield na estação ferroviária Baltimore & Potomac. Embora o presidente sobreviva inicialmente ao ataque, ele sofre durante 80 dias devido a complicações causadas por erros médicos. As práticas antissépticas, já conhecidas na época, foram ignoradas no tratamento de Garfield, levando à sua morte por infecção em 19 de setembro de 1881.
Após ser preso, Guiteau declarou ser um enviado de Deus e alegou que os médicos, e não ele, eram responsáveis pela morte do presidente. No entanto, essa alegação não convenceu o júri, e Guiteau foi condenado à morte e enforcado em 1882. A minissérie promete lançar luz sobre os eventos que levaram a este trágico episódio da história americana.
Fonte: www.metropoles.com
