A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, formalizou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a extinção da punibilidade da pena de dois anos de prisão imposta ao militar, em decorrência de seu envolvimento na trama golpista.

O pedido foi apresentado em audiência realizada nesta segunda-feira, na sede do STF em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, é quem deverá decidir sobre a solicitação da defesa.

Na mesma audiência, a tornozeleira eletrônica que Cid utilizava há quase dois anos foi retirada. A defesa também buscou esclarecimentos sobre a possibilidade de retorno de Mauro Cid às atividades no Exército Brasileiro. O militar manifestou o desejo de ser transferido para a reserva das Forças Armadas. Caso seja autorizado a retornar ao Exército, espera-se que Cid tire férias antes de se aposentar.

O julgamento do tenente-coronel ocorreu em 11 de setembro, juntamente com Bolsonaro e outros aliados, no contexto do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. Em contraste com Bolsonaro e outros réus, Cid recebeu uma pena mais branda devido ao acordo de delação premiada que firmou, resultando em sua condenação a dois anos de reclusão em regime inicial aberto.

Mauro Cid desempenhou um papel central nas investigações. A partir de informações encontradas em seu telefone celular, a Polícia Federal localizou a “minuta do golpe”, documento que deu origem às apurações sobre a trama.

O plano, denominado “Copa 2022”, tinha como objetivo intervir no resultado das eleições presidenciais daquele ano, buscando impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e manter Jair Bolsonaro no poder.

No acordo de delação premiada firmado com o STF em setembro de 2023, Cid confirmou detalhes do plano golpista e identificou os principais articuladores do esquema. Ele também relatou que Bolsonaro havia ordenado o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Fonte: www.metropoles.com

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