A Marinha dos Estados Unidos revelou as primeiras imagens do grupo de ataque liderado pelo USS Gerald Ford, o maior porta-aviões do mundo, em manobras na região da América Latina. A ação ocorre em um período de crescente tensão entre o governo Trump e o governo da Venezuela.

As fotografias, divulgadas na terça-feira (14), mostram o USS Gerald Ford navegando em formação com outros navios do grupo de ataque, incluindo os destróieres USS Winston Churchill, USS Mahan e USS Bainbridge. As imagens também exibem aeronaves, como jatos de ataque e um bombardeiro B-52 Stratofortress, sobrevoando a formação naval. As fotos foram tiradas em 13 de novembro de 2025.

O governo Trump intensificou a pressão sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que denuncia tentativas de golpe. A Casa Branca alega que a operação militar tem como alvo os cartéis de drogas latino-americanos, em uma suposta guerra contra o narcotráfico. Trump acusa Maduro de liderar o Cartel de Los Soles.

Na quinta-feira, o Secretário de Guerra americano anunciou a operação “Lança do Sul” contra o narcotráfico, aumentando os temores de uma ação direta dos EUA na Venezuela, com possíveis bombardeios ou incursões terrestres.

A divulgação das fotos no mesmo dia em que foram tiradas, algo incomum para equipamentos militares e manobras de alta importância, pode indicar uma estratégia e intenções por trás da ação. O envio do grupo de ataque USS Gerald Ford, que inclui três destróieres e até 90 aeronaves a bordo, representa um aumento significativo na pressão sobre o regime Maduro. Especialistas consideram o uso do maior porta-aviões do mundo perto da costa venezuelana como um sinal de que Trump está disposto a usar a força militar contra Maduro.

As embarcações e aeronaves do grupo Gerald Ford se juntam à presença militar já existente dos Estados Unidos no Mar do Caribe, que inclui navios de guerra, jatos de combate F-35, helicópteros de operações especiais e bombardeiros. Maduro acusa os EUA de tentar removê-lo do poder e de inventar uma guerra para justificar a ação.

As tensões entre os governos Trump e Maduro têm aumentado desde agosto, quando o presidente americano designou cartéis de drogas latino-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles. O governo Trump também acusou Maduro de liderar o Cartel de Los Soles, dobrou a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões e enviou dezenas de navios e aeronaves de guerra para o sul do Caribe. Trump chegou a admitir ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA) na Venezuela e indicou que operações terrestres contra cartéis de drogas teriam início em breve.

Especialistas sugerem que o conflito se deve ao interesse dos EUA em derrubar Maduro e acessar as reservas de petróleo e minerais da Venezuela. O governo dos Estados Unidos, no entanto, afirma que essas ações são apenas de combate ao narcotráfico.

Fonte: g1.globo.com

Share.

Comments are closed.