Uma expedição científica em Sumatra, na Indonésia, culminou em um momento de grande emoção com a descoberta de um raro exemplar da Rafflesia hasseltii. A flor gigante, conhecida por seu caráter parasita e extrema dificuldade de localização, era até então mais conhecida por ilustrações do século XIX.

O biólogo local Septian “Deki” Andrikithat, integrante da expedição, não conteve as lágrimas e se ajoelhou ao se deparar com a planta. Segundo relatos, ele buscava essa flor há 13 anos.

A raridade da Rafflesia hasseltii reside não apenas em sua natureza esquiva, mas também em sua efemeridade. Ela se desenvolve no interior da mata, muitas vezes à noite, exigindo longas jornadas para ser encontrada. O botão floral leva até nove meses para amadurecer, e a flor permanece aberta por apenas alguns dias.

A experiência de observar a planta em silêncio foi descrita como algo extraordinário. A flor vermelha, adornada com manchas brancas, tem o tamanho aproximado de uma melancia e desabrochou gradualmente durante a noite, permitindo que os cientistas registrassem esse momento único.

Por ser uma planta parasita, a Rafflesia hasseltii vive dentro de cipós tropicais, emergindo apenas para florescer após um longo período de desenvolvimento como botão. Após a floração, sua vida útil é de aproximadamente uma semana.

Além de sua aparência peculiar, a flor exala um odor que remete à carne em decomposição, uma estratégia para atrair moscas, seus polinizadores. No entanto, o cheiro da Rafflesia hasseltii é menos intenso em comparação com outras espécies do gênero, como a Rafflesia arnoldii, a maior flor do mundo, popularmente conhecida como “flor-cadáver”.

A expedição também encontrou exemplares da “flor-cadáver”, nativa de Sumatra e que pode atingir quase um metro de diâmetro. Contudo, todas as espécies de Rafflesia enfrentam sérios riscos devido à destruição de seus habitats.

Para os pesquisadores, a expedição representa mais do que um simples registro científico. A descoberta da Rafflesia hasseltii simboliza a concretização de um sonho. Tais momentos, segundo eles, têm o poder de transformar vidas e fortalecer a ligação entre a humanidade e a natureza.

Fonte: www.metropoles.com

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