O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o Brasil estabeleceu uma meta ambiciosa de captar US$ 10 bilhões em investimentos públicos de diversas nações para o Fundo Tropical das Florestas (TFFF). O anúncio foi feito durante um evento em São Paulo. O TFFF é um mecanismo inovador que visa recompensar financeiramente os países que se destacam na preservação de suas florestas tropicais, por meio de um fundo de investimento global.

A expectativa é que essa meta seja alcançada até o final do próximo ano, período em que o Brasil estará presidindo a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP). Segundo o ministro, o montante inicial de US$ 10 bilhões representaria recursos alocados por governos. Ele vislumbra a possibilidade de expansão desse valor, com a adesão de outras entidades, como fundações, fundos e empresas.

“Se a gente terminar o primeiro ano com US$ 10 bilhões de recursos públicos, seria um grande feito”, afirmou Haddad a jornalistas, após participar de reuniões do evento COP30 Business & Finance Forum, promovido pela Bloomberg Philanthropies, em São Paulo.

O ministro explicou que, para atingir a meta de US$ 10 bilhões, seria fundamental o engajamento de alguns países do G20. Esses recursos seriam destinados a remunerar as nações que mantêm suas florestas tropicais, especialmente aquelas que enfrentam dificuldades financeiras e, por isso, não dispõem de recursos suficientes para a conservação. O TFFF atuaria como um suporte crucial para essa iniciativa.

Haddad reconheceu que a proposta é “ambiciosa”, mas se mostrou confiante em sua viabilidade. “Eu acredito que nós vamos chegar lá”, declarou. O ministro se mostrou otimista com a aprovação da proposta e destacou que, das ideias originais que surgiram nos últimos anos, o TFFF é o que está mais pronto para dar certo.

O objetivo final do governo é ambicioso: reunir US$ 125 bilhões para o fundo. Desse total, a expectativa é que 20% (US$ 25 bilhões) sejam provenientes de países soberanos e 80% (US$ 100 bilhões) de capital privado.

Durante a entrevista, Haddad mencionou que, nesta primeira rodada de negociações, da qual participaram investidores e financiadores, houve “sinais concretos de que algumas ideias podem começar a sair do papel”. Segundo ele, as reuniões indicam que há disposição para que a COP do Brasil seja um marco importante.

O ministro ressaltou que o Brasil tem liderado um debate de suma importância no cenário mundial sobre a questão da sustentabilidade. Ele ainda destacou a importância do G20 neste debate.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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