Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro, esteve com ele em Brasília nesta segunda-feira. O encontro ocorreu na residência do ex-presidente, localizada no bairro Jardim Botânico. Esta foi a primeira visita de Renato desde a determinação de prisão domiciliar imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A visita tem como objetivo alinhar estratégias para a futura campanha de Renato, que pretende concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026, representando o estado de São Paulo. Além disso, a reunião serviu para definir a linha de comunicação que Renato adotará em defesa pública do ex-presidente.

Nos bastidores, aliados de Bolsonaro consideram que Renato pode se tornar um importante porta-voz do bolsonarismo, juntamente com os filhos do ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Desde o início do julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, Renato tem intensificado sua presença nas redes sociais, adotando um tom mais assertivo em defesa de Jair Bolsonaro.

Apesar de ser familiar, Renato aguardava autorização direta do ministro Moraes para realizar a visita, evitando o que poderia ser interpretado como uma afronta ao STF. O pedido de visita teria sido feito há cerca de dois meses.

Paralelamente, aliados de Bolsonaro apostam que o ex-presidente será transferido para a Penitenciária da Papuda na próxima semana, após a rejeição dos embargos de declaração protocolados pela defesa. O entorno de Bolsonaro avalia que ministros da Suprema Corte veem a prisão como um “símbolo” do julgamento. A expectativa, contudo, é que Bolsonaro permaneça poucas semanas no presídio e que o STF restabeleça a prisão domiciliar, devido a problemas de saúde decorrentes da facada sofrida em 2018 e do diagnóstico de câncer de pele.

Renato Bolsonaro é visto como uma aposta do PL para a disputa de deputado federal em 2026. Em 2024, concorreu à prefeitura de Registro (SP), obtendo cerca de 30% dos votos válidos, mas não foi eleito. Anteriormente, disputou cargos de prefeito e vereador em Miracatu e Praia Grande, entre 2004 e 2016, sem sucesso. O pré-candidato mantém proximidade com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Fonte: www.metropoles.com

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