O Vaticano, sob a liderança do Papa Leão XIV, emitiu um decreto direcionado aos 1,4 bilhão de católicos em todo o mundo, com o objetivo de esclarecer o papel de Jesus Cristo como o único redentor da humanidade. A nova instrução proíbe que Maria, mãe de Jesus, seja referida como “corredentora” do mundo, resolvendo um debate interno que perdurava por décadas entre figuras proeminentes da Igreja.

A decisão papal busca evitar confusões e desequilíbrios na compreensão da fé cristã. O documento enfatiza que foi Jesus, por meio de sua crucificação e morte, quem salvou o mundo do pecado. Embora Maria seja reverenciada como a Mãe de Deus, sua contribuição para a salvação não se equipara ao sacrifício de Cristo.

O debate sobre o papel de Maria na redenção da humanidade tem raízes históricas profundas. Enquanto muitos católicos a consideram uma figura central na história da salvação, estudiosos da Igreja têm debatido se sua participação se estende ao ponto de ser considerada “corredentora”.

Papas recentes expressaram opiniões divergentes sobre o assunto. O falecido Papa Francisco foi um crítico ferrenho da ideia de Maria como “corredentora”, chegando a considerá-la “loucura”. Ele defendia que Maria nunca quis tomar para si o mérito que pertencia a seu filho. Bento XVI, antecessor de Francisco, também compartilhava dessa visão. João Paulo II, por outro lado, inicialmente demonstrou apoio ao título, mas gradualmente deixou de usá-lo publicamente após manifestações de ceticismo por parte do Escritório para a Doutrina da Fé.

A nova instrução do Vaticano reconhece o papel fundamental de Maria como intermediária entre Deus e a humanidade. Ao dar à luz Jesus, ela abriu as portas para a Redenção, um anseio de toda a humanidade. A resposta de Maria ao anjo, conforme registrado na Bíblia – “Que assim seja” – demonstra sua total entrega ao plano divino.

Fonte: g1.globo.com

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