Um empresário foi preso em Uberaba, Minas Gerais, sob a suspeita de receptar joias roubadas de uma residência em Ribeirão Preto, São Paulo, e revendê-las para um programa de televisão no Paraná. A prisão ocorreu na quinta-feira (27), em cumprimento a um mandado de prisão preventiva por receptação qualificada e associação criminosa.
O suspeito, identificado como Haig Hovsepian, teria recebido todas as joias roubadas durante um assalto ocorrido em 17 de maio, em Ribeirão Preto. O prejuízo estimado para as vítimas foi de R$ 5 milhões.
Segundo informações da Polícia Civil, Hovsepian confessou ter receptado parte das joias, que foram posteriormente recuperadas em um programa de televisão em Curitiba. As investigações apontam que ele seria o responsável por encaminhar algumas dessas joias ao programa “Mil e uma noites”.
A polícia suspeita que o empresário mantinha negócios com o canal de televisão desde 2006 e era conhecido por atuar na venda de joias. Em depoimento, Hovsepian admitiu ter comprado as joias por cerca de R$ 170 mil de um homem de Ribeirão Preto, já preso, identificado como Diogo de Freitas.
O assalto à residência em Ribeirão Preto ocorreu em 17 de maio. Os criminosos renderam um casal de idosos, o filho e uma funcionária, levando cerca de 300 joias e relógios de marca. Meses depois, a família reconheceu algumas das peças sendo vendidas no programa “Mil e uma noites”. Uma das vítimas, que costumava assistir ao canal, se surpreendeu ao ver suas próprias joias sendo comercializadas. Ela comprou uma das peças que estava à venda e acionou a polícia, dando início às investigações.
As investigações revelaram uma rede de receptação que liga São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A quadrilha já havia sido alvo de uma operação anterior em setembro, após ser investigada por invadir residências para roubar joias.
Em setembro, um edifício de alto padrão no Centro de Ribeirão Preto também foi alvo de uma ação criminosa. Prestadores de serviço e moradores foram rendidos, e seis apartamentos foram invadidos, resultando no roubo de joias, com um prejuízo estimado em mais de R$ 4 milhões. As investigações apontaram que os suspeitos utilizavam a mesma forma de agir e que se tratava dos mesmos receptadores das joias. A ação criminosa incluiu o aluguel prévio de um imóvel no mesmo condomínio, com uso de documentos falsos, para facilitar a circulação dos criminosos pelo local.
Fonte: g1.globo.com

