A Polícia Civil de Bebedouro, interior de São Paulo, aprofunda as investigações sobre a morte de Alex Sandro da Silva Rocha, de 21 anos, e de Walter Gilmar de Pádua Carneiro, de 65 anos, ambos com ligações com Jussara Luzia Fernandes, uma professora de estética de 62 anos. Jussara está presa desde 24 de outubro, após confessar ter assassinado Alex a golpes de tesoura e ocultado o corpo no quintal de sua residência, no bairro Eldorado.
Diante das novas evidências, a polícia solicitou um laudo toxicológico do corpo de Alex e requereu a autorização judicial para a exumação dos restos mortais de Walter. Os dois tiveram relacionamentos com Jussara em períodos distintos. Walter era casado com a professora e foi encontrado sem vida na piscina da mesma casa em janeiro deste ano.
O delegado João Vitor Silvério informou que a reconstituição dos dois casos está agendada para a próxima quarta-feira. A morte de Walter passou a ser alvo de investigação após o caso de Alex ganhar repercussão. A filha de Walter relatou que seu pai apresentou um quadro de saúde debilitado nos dias que antecederam sua morte, com sintomas como vômitos e sonolência.
No registro policial da época, consta que foi Jussara quem encontrou o corpo de Walter na piscina. A investigação busca apurar se a morte de Walter tem relação com Jussara, especialmente porque, assim como Alex, Walter também teria manifestado o desejo de se separar dela e se sentia ameaçado.
A mãe de Alex, Ivonete Ribeiro da Silva, relatou que o relacionamento do filho com Jussara era abusivo, marcado por ciúmes e possessividade. Ela suspeita que Alex tenha sido drogado antes de ser assassinado, dada a diferença física entre ele e Jussara.
Jussara, por sua vez, alegou à polícia que agiu em legítima defesa ao matar Alex, afirmando que ele tinha um histórico de agressões contra ela. No entanto, a polícia apurou que Alex foi atingido por cerca de 40 golpes de tesoura. A professora também confessou ter pago R$ 50 para um conhecido cavar uma vala no quintal, sob a falsa justificativa de que seria para enterrar um cachorro.
Quanto à morte de Walter, Jussara relatou que saiu de casa pela manhã para entregar um produto e, ao retornar, encontrou o marido na piscina. Ela alegou que Walter sofria de ataques epilépticos e que teria tido um na noite anterior. Na época, o caso foi registrado como morte suspeita, e o laudo necroscópico apontou afogamento como a causa da morte.
Fonte: g1.globo.com

