Uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Militar deflagrada nesta sexta-feira (14) mirou integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em 13 cidades de São Paulo e Minas Gerais. A ação, denominada Operação Prisma, cumpriu mandados contra 33 pessoas, resultando em 22 prisões e na morte de um homem que resistiu à abordagem policial.
Durante a operação, drogas, aparelhos eletrônicos e dinheiro em espécie foram apreendidos. Dez dos investigados já haviam sido presos anteriormente por outros crimes ou permanecem foragidos.
Os 33 investigados foram identificados como Wesley Mello de Paula, Guilherme Oliveira Moreira, Maicon Nascimento de Andrade, Júlio Cesar Salermo Júnior, Gabriel Gomes, Fransérgio Martins Silva, William Dias Bueno, Luis Fernando da Silva Cruz Filho, Everton Silva de Souza, Paulo Henrique Brito de Jesus, Victor Hugo Colombino, Filipe Augusto Lopes, Marcos Eurípedes Colombino Júnior, Matheus Henrique Cintra, João Paulo Neves da Silva, Francislaine da Silva, Geovane Eduardo Aparecido Bueno, Douglas Henrique Gomes, Marcos Rodrigo de Assis Junior, Bruno Almeida da Silva, James Wender da Silva Ferreira, Lucas Pereira dos Santos Chaves, Letícia Da Silva Camilo Arruda, César Augusto de Oliveira Luzia, Jéssica Mickaelli dos Santos Paschoal, Douglas Henrique Machado Daniel, Enzo Elias Paula Soares, Gisele Batista Cruz, Victor Focosi de Souza, Larissa de Araújo Finatti, John Lenon Fonseca Batista, Marcos Paulo Aparecido da Silva e Vitor Manoel Aparecido da Silva.
A maioria dos alvos possuía antecedentes criminais. Após serem apresentados na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Franca, foram encaminhados à penitenciária da cidade, onde aguardam à disposição da Justiça.
O homem morto durante a operação foi identificado como Mateus Henrique Cintra, de 30 anos. Segundo o Gaeco, ele resistiu à prisão em sua residência, no bairro City Petrópolis, e foi atingido por disparos na cabeça e no braço. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionado, mas o óbito foi confirmado no local.
As investigações, iniciadas em janeiro deste ano com a prisão de um membro da quadrilha, revelaram o envolvimento do grupo com tráfico de drogas, associação ao tráfico, roubos, agiotagem e a implementação de “tribunais do crime”. Análises de mensagens, áudios e dados extraídos de aparelhos celulares foram cruciais para identificar os demais integrantes e suas atividades.
A apuração indicou que os suspeitos atuavam na região de Franca e municípios vizinhos, desempenhando funções de logística, cobrança e resolução de conflitos por meio de violência, incluindo sequestro, cárcere privado e tortura.
De acordo com o Ministério Público, os investigados tinham funções bem definidas dentro da organização criminosa, com diálogos que revelam divergências em relação às normas internas da facção. Eles também determinavam punições, decidiam sobre a exclusão e inclusão de membros e deliberavam sobre as sentenças de morte decretadas pela facção.
A operação, que recebeu o nome de “Prisma” em referência à separação das diferentes funções e ramificações da estrutura criminosa, foi realizada nas cidades de Franca, Cristais Paulista, Jeriquara, Altinópolis, Cravinhos, Matão, Ribeirão Preto, Ituverava, São Carlos, Patrocínio Paulista, Miguelópolis, Delfinópolis e Uberlândia.
Fonte: g1.globo.com

