O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, reconheceu o assassinato do colunista Jamal Khashoggi como um “grande erro”. A declaração foi feita durante um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.
Khashoggi, crítico da coroa saudita e colaborador do The Washington Post, foi morto por agentes sauditas dentro do consulado do reino na Turquia. Segundo o príncipe, o evento foi “doloroso” e medidas estão sendo tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam.
Apesar do reconhecimento, a inteligência americana (CIA) concluiu que a ordem para o assassinato partiu do próprio príncipe Mohammed bin Salman. Em contrapartida, Trump minimizou o caso, referindo-se a Khashoggi como uma figura “extremamente controversa” e alegando desconhecimento do príncipe sobre o planejamento do crime. “Muita gente não gostava desse cavalheiro de quem você está falando, gostasse você dele ou não, as coisas aconteceram, mas ele [o príncipe] não sabia de nada sobre o assassinato”.
Durante a visita, o príncipe saudita anunciou a intenção de expandir os investimentos da Arábia Saudita em solo americano, elevando-os para aproximadamente 1 trilhão de dólares. Atualmente, os investimentos giram em torno de 600 bilhões de dólares.
Adicionalmente, Mohammed bin Salman expressou o desejo de normalizar as relações com Israel o mais breve possível. Ele manifestou o interesse em participar dos Acordos de Abraão, mas ressaltou a importância de garantir um caminho claro para a solução de dois Estados, em referência ao conflito israelo-palestino.
O presidente Trump, por sua vez, elogiou o histórico do príncipe Mohammed bin Salman em matéria de direitos humanos, descrevendo-o como um amigo querido e um homem extremamente respeitado. “Estou muito orgulhoso do trabalho que ele tem feito. O que ele conseguiu é incrível, em termos de direitos humanos e de tudo o mais”, afirmou Trump.
Fonte: jovempan.com.br

