Em um anúncio realizado durante a COP30 em Belém, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, revelou que a Alemanha se comprometeu a investir 1 bilhão de euros no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). A iniciativa representa um impulso significativo para a captação de recursos destinados à preservação de florestas tropicais em escala global.

“A Alemanha fez o anúncio de seu aporte da ordem de um milhão de euros”, declarou a ministra, enfatizando o bom desenho e a estrutura do instrumento de financiamento global.

O anúncio surge após críticas feitas pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, sobre a COP30, que geraram desconforto entre autoridades brasileiras. Em um evento com empresários, Merz comparou sua recente visita à capital paraense com a Alemanha, questionando quantos de seus acompanhantes gostariam de permanecer no Brasil, insinuando preferência pelo retorno ao seu país.

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) é uma iniciativa idealizada pelo governo brasileiro para atrair investimentos internacionais voltados à conservação de florestas tropicais. Apresentado na COP28 em 2023, o fundo é uma prioridade do governo na busca por financiamento climático.

O presidente reforçou o apelo por contribuições de outros países, ressaltando a importância da preservação florestal para o combate às mudanças climáticas. A iniciativa conta com o apoio de 53 nações, embora inicialmente apenas quatro, incluindo o Brasil, tenham realizado investimentos.

O TFFF visa arrecadar um total de US$ 125 bilhões e, se atingir essa meta, se tornará o maior fundo de conservação já criado. O capital poderá vir de governos, empresas e fundações. O Brasil anunciou o investimento de US$ 1 bilhão e a Noruega com US$ 3 bilhões. Espera-se que a Alemanha defina seu posicionamento em breve. O Reino Unido, apesar de participar da criação do TFFF, informou que não realizará investimentos.

O Banco Mundial será responsável pela administração dos recursos, enquanto o TFFF supervisionará o acompanhamento e a distribuição dos pagamentos.

Os recursos captados serão reinvestidos em projetos com maior taxa de retorno, e a diferença entre o que é pago aos investidores e o que é obtido nessas aplicações será destinada a remunerar financeiramente os países que preservam suas florestas tropicais, proporcionalmente à área conservada.

O fundo propõe remunerar países com grandes áreas de floresta tropical, como Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo, pela conservação de seus biomas. Para receber o dinheiro, cada país deverá demonstrar, com base em monitoramento por satélite, que o desmatamento ficou abaixo de 0,5% ao ano.

Fonte: jovempan.com.br

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