A dupla sertaneja Rionegro e Solimões expressou sua indignação após o aeroporto de Franca, no interior de São Paulo, ser fechado no último sábado (23) para a realização de um evento de carros de luxo. A aeronave que transportava os cantores, que retornavam de um show em Chapecó, Santa Catarina, foi forçada a alterar a rota e pousar em Ribeirão Preto, distante 90 quilômetros de Franca.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Rionegro criticou a situação, questionando a priorização de um evento automobilístico em detrimento da função principal do aeroporto. “É brincadeira, palhaçada esse aeroporto de Franca. Oh, gente, aeroporto é para avião. Carro tem que correr em outros lugares”, declarou o cantor.

O evento em questão, intitulado “1/2 Milha Race 100-200”, atraiu um público pagante e contou com a presença de veículos de luxo de marcas renomadas como Ferrari, BMW, Lamborghini e Audi, que realizaram corridas na pista do aeroporto. O espaço permaneceu fechado para operações aéreas até as 20h.

O Corpo de Bombeiros informou que, apesar de ter alertado os organizadores sobre a necessidade de regularização, nenhuma solicitação foi formalizada para o evento. Em comunicado, a corporação ressaltou que o local foi fiscalizado e advertido sobre a necessidade de regularização, uma vez que a edificação estava sendo utilizada para fins diversos daqueles para os quais foi originalmente licenciada.

Rionegro também expressou preocupação com a segurança, relembrando um incidente ocorrido em maio deste ano, quando o avião da dupla precisou fazer um pouso forçado logo após decolar do mesmo aeroporto, chegando a sair da pista devido ao estouro de um pneu. O cantor questionou a limpeza da pista após o evento automobilístico, temendo que a presença de detritos pudesse comprometer a segurança de futuras operações aéreas.

A Rede Voa, operadora do aeroporto de Franca, afirmou que o fechamento da pista foi amplamente planejado e divulgado com antecedência. Em nota, a empresa informou que o Notam (aviso aos navegantes) correspondente foi publicado no dia 17 de outubro, cerca de 40 dias antes do evento, e que a consulta a essas informações é de responsabilidade dos pilotos e operadores que desejam utilizar o aeródromo. A operadora também garantiu que as equipes estavam orientadas a interromper o evento em caso de urgência.

Ainda segundo a Rede Voa, o fechamento foi respaldado por uma análise de risco aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a empresa responsável pelo evento apresentou os alvarás necessários.

Fonte: g1.globo.com

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