Em um cenário de instabilidade política, militares da Guiné-Bissau anunciaram nesta quarta-feira a tomada do controle total do país. A medida drástica ocorreu após as eleições gerais de domingo, cujos resultados permanecem pendentes de divulgação. O processo eleitoral foi suspenso e as fronteiras nacionais foram fechadas, segundo comunicado emitido pelos militares.

O anúncio foi feito na sede do Estado-Maior do Exército, localizada em Bissau, a capital do país. A Guiné-Bissau, uma nação da África Ocidental com histórico de turbulência política, enfrenta mais um período de incerteza.

Momentos antes do anúncio oficial, relatos indicaram disparos nas proximidades do palácio presidencial. Homens fardados foram vistos tomando posições estratégicas e controlando o acesso à principal via que leva ao palácio, intensificando a atmosfera de tensão na capital.

A história da Guiné-Bissau é marcada por golpes de Estado e tentativas frustradas. Desde a sua independência de Portugal em 1974, o país já enfrentou quatro golpes, além de uma série de outras investidas contra a ordem constituída.

No domingo, cerca de um milhão de eleitores foram convocados às urnas para participar das eleições. No entanto, o pleito ocorreu sem a participação do principal partido da oposição e seu respectivo candidato, levantando questionamentos sobre a legitimidade do processo. A divulgação dos resultados provisórios oficiais era aguardada para quinta-feira, mas foi suspensa após a ação militar.

Fonte: jovempan.com.br

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