Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, foi detido em São Paulo na terça-feira, durante a Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal. A operação investiga crimes contra o sistema financeiro. A prisão ocorreu sob a alegação de que Vorcaro tentava fugir para os Emirados Árabes Unidos.

A defesa de Vorcaro contesta veementemente essa acusação. Segundo os advogados, a viagem tinha como propósito negociar a venda do Banco Master para o grupo árabe Fictor, que planejava um investimento de R$ 3 bilhões na instituição financeira.

A negociação, no entanto, aguardava a aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A falta dessas aprovações levantou suspeitas, culminando na prisão do presidente do banco.

A Operação Compliance Zero, uma ação conjunta da Polícia Federal, Banco Central e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), resultou na emissão de cinco mandados de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária. Além disso, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As investigações revelaram indícios de emissão de crédito falso, o que levou à liquidação extrajudicial do Banco Master, já aprovada pelo Banco Central.

Uma tentativa anterior de venda do banco para o Banco de Brasília (BRB) foi frustrada, resultando no afastamento temporário do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.

Com a decretação da liquidação extrajudicial do Banco Master, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) foi acionado para ressarcir os clientes afetados, estabelecendo um limite de R$ 250 mil por CPF. Especialistas do setor financeiro recomendam a diversificação de investimentos como uma medida para reduzir riscos em situações de falência bancária. O processo de ressarcimento pode levar de dois a três meses, dependendo da complexidade de cada caso.

Fonte: jovempan.com.br

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