O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) expressou preocupação com a saúde do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Segundo Carlos, o ex-presidente teria sofrido mais uma crise de soluços durante o período de reclusão.
“Acabo de receber a informação de que meu pai acaba de ter mais uma crise acentuada que já vinha se arrastando”, publicou o vereador em suas redes sociais. Em tom alarmado, Carlos Bolsonaro afirmou que o pai “não vai sobreviver frente a essa injustiça”, alegando que “o sistema está assassinando de forma rápida e brutal” o ex-presidente.
Jair Bolsonaro está preso desde o último sábado (22) em uma sala especial na sede da PF, espaço também utilizado por outras autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer em momentos de detenção.
Antes da prisão, o ex-presidente relatou ter passado por um “surto” e negou a intenção de fugir. Em depoimento, ele mencionou uma “alucinação” envolvendo uma possível escuta dentro de um equipamento eletrônico. Bolsonaro também afirmou que não recebeu ajuda de ninguém para a suposta tentativa de violar a tornozeleira eletrônica e que possuía um ferro de soldar.
O ex-presidente declarou que, aproximadamente quatro dias antes de ser detido, começou a tomar sertralina, um antidepressivo, que teria interagido negativamente com a pregabalina, um anticonvulsivo. Ele também relatou dificuldades para dormir.
A tentativa de remoção da tornozeleira foi citada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como um dos motivos para decretar a prisão de Bolsonaro. Após a chegada à Superintendência da PF, a segunda tornozeleira do ex-presidente foi removida. O julgamento foi encerrado na terça-feira (25), e Bolsonaro iniciou o cumprimento da pena.
Em setembro, por 4 votos a 1, o STF condenou Jair Bolsonaro e sete aliados por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.
Na última sexta-feira (21), a defesa do ex-presidente solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que Bolsonaro cumprisse a pena de 27 anos e três meses em regime domiciliar, argumentando que sua condição de saúde debilitada impossibilitaria o cumprimento da pena em um presídio comum e que isso representaria um risco à sua vida. Os advogados afirmaram que a situação de saúde do ex-presidente “já se encontra profundamente debilitada” e informaram que pretendem recorrer da condenação ao STF por meio de embargos infringentes.
Fonte: jovempan.com.br

