Uma clínica de reabilitação foi interditada em Bertioga, cidade litorânea de São Paulo, após uma operação conjunta que revelou condições precárias e insalubres. A ação, realizada por equipes do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), da Prefeitura de Bertioga, e das polícias Civil e Militar, ocorreu em resposta a denúncias sobre o funcionamento irregular do estabelecimento.

A inspeção, liderada por um promotor de Justiça, expôs uma série de irregularidades na clínica localizada no bairro Caibura. As equipes constataram a presença de fiação exposta, focos de bolor generalizados e instalações com camas em condições inadequadas para uso. Adicionalmente, o local não possuía profissionais devidamente habilitados para a manipulação de alimentos, levantando sérias preocupações sobre a segurança alimentar dos pacientes. A ausência da documentação necessária para o funcionamento legal da clínica confirmou a sua clandestinidade.

No momento da intervenção, 16 pessoas em situação de vulnerabilidade social, incluindo dependentes químicos e etílicos, foram encontradas na clínica sem portar documentos pessoais. Diante da situação, o grupo foi encaminhado para o Acolhimento Institucional da cidade, onde receberam cuidados de higiene, alimentação e acompanhamento de assistentes sociais.

O secretário de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda alertou para a importância de a população denunciar comunidades terapêuticas, clínicas e casas de apoio que operem de forma ilegal. Segundo ele, as denúncias são cruciais para que as autoridades possam realizar fiscalizações e garantir a segurança dos pacientes.

O secretário enfatizou que muitas pessoas, vindas de diversas cidades em busca de tratamento para dependência química, acabam em locais inadequados, sem documentação e, em muitos casos, são levadas a viver nas ruas. Ele também pediu atenção aos moradores quanto a doações de alimentos e roupas feitas a estabelecimentos clandestinos, alertando que tais contribuições podem sustentar práticas ilegais. O secretário orienta que doações sejam direcionadas ao Fundo Social de Solidariedade, que se encarrega de destinar os itens de forma adequada às entidades devidamente regularizadas.

Fonte: g1.globo.com

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