Apesar das barreiras tarifárias impostas, as exportações de frutas brasileiras alcançaram um marco notável em outubro de 2025, registrando o melhor desempenho para o mês nos últimos dez anos. Mesmo enfrentando uma taxa de 40% para entrar nos Estados Unidos, o setor frutícola movimentou US$ 177,5 milhões em vendas externas.

O montante representa um aumento de 4,6% em relação aos US$ 169,7 milhões comercializados no mesmo período do ano anterior. Na última década, apenas novembro do ano passado superou esse valor, com um faturamento de US$ 217 milhões, incluindo frutas e nozes (não oleaginosas) frescas ou secas.

Em outubro deste ano, o país embarcou 209,4 mil toneladas de frutas para o exterior, respondendo por 2,61% das exportações do setor agropecuário, figurando como o quinto maior do Brasil. Em termos de volume, o país já igualou, de janeiro a outubro deste ano, o total exportado em todo o ano passado, atingindo um milhão de toneladas de frutas.

Em valores, as exportações de frutas alcançaram US$ 1 bilhão de janeiro a outubro deste ano, em comparação com os US$ 1,2 bilhão faturados em todo o ano anterior. Em 2024, as frutas representaram 1,66% das exportações do agronegócio brasileiro, ocupando a quinta posição no ranking.

Quatro estados do Nordeste foram responsáveis por 84,3% das frutas exportadas pelo Brasil em outubro deste ano, liderados por Pernambuco, que respondeu por 31,6% dos valores exportados, totalizando US$ 56,1 milhões. A Bahia exportou US$ 38,6 milhões (21,8%), seguida pelo Rio Grande do Norte, com US$ 36,1 milhões (20,3%), e Ceará, com US$ 18,8 milhões (10,6%).

A Europa se destacou como o principal destino das frutas brasileiras, absorvendo 66,4% do valor total das exportações. A Holanda liderou as compras, com US$ 71,7 milhões, representando 40,4% do total exportado. Em seguida, vieram o Reino Unido, com US$ 31,2 milhões (17,6%), e a Espanha, com US$ 14,9 milhões (8,4%).

Os Estados Unidos, que recentemente reduziram as tarifas de importação de frutas, registraram compras de US$ 15,5 milhões em frutas brasileiras em outubro, correspondendo a 8,7% do total. Na América do Sul, a Argentina foi o principal comprador, com US$ 8,5 milhões, equivalentes a 4,8% do valor das exportações do setor.

Fonte: jovempan.com.br

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