O julgamento de Jairo Momesso, acusado de matar sua esposa após 52 anos de casamento, foi novamente adiado. A vítima, Vera Lúcia Tezzaro Momesso, foi encontrada morta com um tiro na cabeça em Mogi Guaçu, São Paulo, em abril de 2023.
Inicialmente agendado para 12 de maio de 2025, o júri já havia sido remarcado para uma data posterior em setembro de 2024. Uma nova data havia sido marcada para o dia 3 de junho de 2025, mas foi adiada novamente, e agora está previsto para 30 de março de 2026, devido à falta de intimação de uma testemunha considerada crucial para o caso.
Jairo Momesso foi preso em flagrante logo após o crime, em 1º de maio de 2023. Na audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva, considerando a natureza do delito e a suposta futilidade do motivo, que indicariam periculosidade do réu.
Contudo, cinco meses depois, em outubro de 2023, ele obteve um habeas corpus e aguarda o julgamento em liberdade. A revogação da prisão preventiva foi condicionada ao comparecimento a todos os atos judiciais e à proibição de deixar a Comarca sem autorização judicial. Em abril de 2024, a Justiça permitiu que ele viajasse por dois dias, entendendo que a viagem não comprometeria as medidas cautelares impostas.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por vizinhos que ouviram o disparo. Ao chegarem à residência, encontraram Vera Lúcia já sem vida. Jairo Momesso teria afirmado que tentou se suicidar, mas a arma falhou.
Em depoimento, o acusado relatou que teve uma discussão com a irmã e que a esposa o culpou pela situação. Ele alegou ter “perdido a cabeça” e atirado na idosa. Em seguida, teria avisado a família por meio de um grupo de WhatsApp sobre o crime e sua intenção de tirar a própria vida.
O filho do casal encontrou a mãe morta e o pai sob efeito de álcool. Ele informou à polícia que o relacionamento dos pais era difícil no passado devido ao alcoolismo do pai, mas que essa situação não era frequente nos últimos tempos. A espingarda calibre .28 utilizada no crime foi apreendida e, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, não possuía registro.
Fonte: g1.globo.com

