O Museu do Louvre, um dos mais renomados e visitados do mundo, situado em Paris, anunciou um aumento significativo no preço dos ingressos para visitantes que não são provenientes do Espaço Econômico Europeu (EEE). A medida, que entrará em vigor a partir de 2026, eleva o valor da entrada em 45%, passando de 22 euros para 32 euros.
A decisão, aprovada pelo conselho de administração do Louvre, visa equilibrar as finanças da instituição, que enfrenta desafios estruturais e uma “montanha de investimentos” que não consegue financiar, conforme apontado por um relatório do Tribunal de Contas. Espera-se que o aumento gere uma receita adicional entre 15 e 20 milhões de euros anualmente, que serão destinados a resolver os problemas identificados.
O Espaço Econômico Europeu compreende os países da União Europeia, além da Islândia, Liechtenstein e Noruega. Portanto, a nova tarifa afetará principalmente visitantes de países como os Estados Unidos, que constituem o maior contingente de turistas estrangeiros no Louvre, e a China, que ocupa o terceiro lugar em número de visitantes.
Em 2024, o Louvre recebeu um total de 8,7 milhões de visitantes, dos quais 69% eram estrangeiros. A medida busca ajustar a distribuição de custos de manutenção e melhorias do museu entre os diversos grupos de visitantes.
O aumento do preço dos ingressos ocorre em um momento delicado para o Louvre, que recentemente enfrentou críticas devido a falhas de segurança, evidenciadas pelo roubo ocorrido em 19 de outubro. A investigação administrativa aberta após o incidente revelou “equipamentos insuficientes nos dispositivos de segurança”.
Sindicatos manifestaram preocupação com a medida, argumentando que ela vai contra o princípio do “universalismo” do Louvre e do “acesso igualitário” às suas coleções. Além disso, as organizações sindicais, que já denunciam a falta de pessoal, temem que a nova tarifa aumente a carga de trabalho dos funcionários, que terão que verificar a nacionalidade dos visitantes.
Fonte: jovempan.com.br

